fevereiro 20, 2013

Medo do Amor



Sinto agora os efeitos
Da covardia.
Sinto-me sufocado
Pelo arrependimento.
Joguei veneno
Dentro do meu próprio corpo.

Vejo-me em terror,
Em absurda nostalgia,
Frente a um monstruoso perigo,
Onde o apavorante medo se revela,
Onde me afasto de mim.

Despertado por um enfreado desejo,
Aniquilando-me em ilusões efêmeras,
Em selvagens desvios da razão.
Busca incessante de fugir de si,
Não se encontrando e sim se
Distanciando do meu próprio “eu”.

Sinto-me sob os efeitos
De pensar sem agir.
Afogado,
Envenenado,
Quase sem essência,
Apaixonado e sem coragem,
Com medo.

Raul Lennon Matos Nogueira

Nenhum comentário: